Aumento na busca por melhor qualificação para o mercado de trabalho e falta de tempo para voltar à sala de aula. O resultado dessa soma é a procura cada vez maior por alternativas de educação à distância. Esse cenário se tornou mais significativo nos últimos três anos, quando, segundo o Censo EAD (2014), o crescimento no número de alunos na modalidade EAD (10,9%) ultrapassou o de alunos em cursos presenciais (6,45%). A flexibilidade de horários, a possibilidade de acessar as aulas em qualquer local, a qualidade dos materiais e tutores disponíveis, junto à oferta de cursos cada vez mais reconhecidos pelo MEC, são os principais fatores que impulsionam esse comportamento. Mas, sem dúvida, a evolução das plataformas de ensino também é uma grande motivação para a proposição de cursos online – sejam de graduação ou pós-graduação, sejam cursos livres e de extensão.
O que é Moodle?
Entre os sistemas mais utilizados para esse fim está o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), um software livre, surgido em 2001, voltado ao gerenciamento de atividades educacionais. Hoje, uma das plataformas mais utilizadas no mundo, o Moodle é referência como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e oferece diversos recursos importantes para uma boa comunicação entre professores e alunos. Implementado por diversas escolas e universidades, atualmente o Moodle está presente em mais de 235 países, com aproximadamente 62 mil sites, sendo que mais de 3.800 somente no Brasil, segundo dados do Moodle.net.
Por ser um sistema de código aberto (open source), o Moodle é atualizado de forma colaborativa, por diversos profissionais de tecnologia ao redor do mundo, o que facilita a evolução constante da ferramenta. Inclusive o site Moodle.org é a maior comunidade para informações e discussões entre os usuários da plataforma. Apesar de sempre possuir uma versão oficial (hoje está na 2.9, lançada em maio de 2015), o Moodle é facilmente adaptável às necessidade de quem deseja implementá-lo em seu site. Por ser projetado em linguagem PHP pode ser instalado em diversos ambientes (Linux, Windows, entre outros) e utilizado com diferentes bases de dados (MySQL, Oracle, entre outras).
Moodle: como funciona? Para quem é indicado?
O Moodle é indicado principalmente para organizações ligadas à fins educativos, sejam escolas regulares e universidades ou centros educacionais voltados à cursos de extensão de diferentes áreas. É comum que o Moodle também seja utilizado por empresas privadas, órgãos governamentais e não-governamentais, bibliotecas, instituições culturais, entre outros, com intuitos diversos, como a formação de comunidades de discussão ou mesmo como repositório digital de informações. Como qualquer outra plataforma, o Moodle pode ser utilizado para atender diferentes necessidades, podendo servir para demandas lucrativas ou filantrópicas, e podendo ser utilizado por um único professor/formador e alguns alunos ou por milhares deles.
Com uma interface bastante intuitiva, adaptada a desktops e dispositivos móveis, o Moodle é baseado em três níveis de usuário: administrator, professor e aluno. O administrador tem permissões mestres, como gerir todos os dados do sistema (disciplinas, módulos, entre outros). Também pode definir modelos de autenticação, editar a página inicial e a aparência do site, gerar relatórios, programar cópias de segurança, atualizar a versão do Moodle, entre outras funções. O tipo de usuário professor é responsável pela configuração de disciplinas, gestão de alunos, grupos, escala de notas, arquivos, tarefas realizadas pelos alunos e fóruns de discussão, ou seja, tudo que compete às aulas. Também tem permissões para análise de relatórios e gestão de cópias de segurança. Já no perfil de aluno o usuário tem acesso aos recursos mais básicos, para participação em disciplinas e atualizações de perfil próprio.
Os cursos no Moodle podem ser configurados em três formatos: social, onde as aulas giram em torno de um fórum na página principal; semanal, onde o curso é organizado por semanas, com datas previstas de início e fim; e em tópicos, onde os assuntos das aulas são organizados por tópicos, sem limite de tempo pré-determinado. Um site Moodle suporta milhares de cursos, que podem ser categorizados e pesquisados (em ferramenta de busca dentro do próprio site). Ainda sobre aulas, é importante destacar que uma das principais características do Moodle é o estímulo a conteúdos multimídia, já que disponibiliza diversos recursos como fóruns, enquetes, chats, glossários, diários, áudios, vídeos, questionários, editores de HTML, blogs, calendários, entre outros. São muitas as formas de trabalhar os conteúdos didáticos e estimular a interação entre alunos e professores.
Todos os recursos do Moodle são modulares, podendo ser ativados ou ocultados conforme as necessidades. As possibilidades de personalizar a interface também são diversas. É possível utilizar a ferramenta em seu layout padrão ou optar por inserir identificações visuais de sua empresa.
Como iniciar um site Moodle?
Para ter um site Moodle os passos são os mesmos seguidos para a construção de qualquer outro tipo de site. Primeiramente, você deve ter um domínio (endereço do seu site). Escolher um domínio que sintetize sua marca é muito importante, vale muito investir tempo e esforço nessa etapa. Para facilitar, criamos algumas dicas para a escolha do domínio perfeito.
Depois de escolhido o domínio, é importante pensar na hospedagem ideal para seu site. Nesse momento é fundamental avaliar a quantidade de acessos esperada para a página. Se sua base de alunos e professores já tem (ou pretende ter) mais de mil usuários, por exemplo, considere que os acessos mensais à página tendem a ultrapassar cinco mil, o que exige um servidor dedicado, que mantenha sua página sempre acessível – se esses números forem menores, uma hospedagem compartilhada já atende suas demandas.
Outro ponto importante a ser considerado é a quantidade de uploads de materiais a serem feitos na página. Mesmo que sua base de usuários não seja muito grande, mas seu site irá comportar um grande número de arquivos, é importante optar por um espaço em disco maior. Preparamos um material que trata justamente da hospedagem adaptada às necessidades de cada site, para que você escolha a melhor opção para seu negócio.
Com o domínio e hospedagens definidos, o próximo passo é instalar o Moodle em sua página. Você pode optar pela forma mais trabalhosa, que é baixando o arquivo do sistema diretamente no site oficial do Moodle e instalando manualmente, com o auxílio de tutoriais. Esse formato, no entanto, exige conhecimentos técnicos para garantir que tudo seja configurado corretamente
Agora, se seu serviço de host já oferece uma hospedagem pensada exclusivamente em sites Moodle, como a RedeHost, esse processo fica muito mais fácil. Basta entrar o painel de controle de sua conta e acessar o “Instalador de aplicativos”, selecionar a opção “Moodle” e determinar em qual domínio/pasta ele será instalado. Em seguida, uma tela com informações sobre acesso, com usuário e senha para login será exibida. Com apenas um clique, você tem seu site Moodle pronto para personalizar e sair utilizando.
A parte de configuração de recursos do Moodle dependerá muito das necessidades de cada página. O próprio site oficial da ferramenta conta com materiais em português para adaptar o Moodle conforme desejar. De qualquer forma, a tela de configurações da ferramenta é bastante intuitiva. No menu lateral esquerdo, como administrador, você tem acesso à edição de perfil, às páginas do site, tela inicial, usuários, plugins, linguagens, e claro, à aparência de seu site (conforme imagem abaixo). Você pode escolher entre uma série de temas prontos, que são instalados automaticamente, ou optar por baixar outros temas disponíveis na internet, como no ThemeForest ou no próprio Moodle.org.
Pronto, agora que você já tem seu site Moodle continue acompanhando nosso blog para mais dicas sobre essa ferramenta 😉